terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Não jogar a toalha

José de Paiva Netto
José de Paiva Netto*, escritor, jornalista e radialista. É diretor-presidente da Legião da Boa Vontade (LBV).
Primeiro de janeiro de 2012. Pouco antes de o Terceiro Milênio ter início, houve quem ficasse deslumbrado, aguardando o surgimento dele. Esperavam que tudo imediatamente se transformasse como em um milagre, num estalo, pá! Contudo, como essa mudança repentina não ocorreu, frustrou a muitos.

O filósofo e matemático alemão Leibniz (1646-1716), afirmava que “Natura non facit saltum” (a Natureza não dá saltos). Uma verdade científica. Faço este preâmbulo para saudar um novo ano, porque o nosso dever é não desistir. Não jogar a toalha. Aí, os fatos realmente mudam, e o milagre, que de um clique se deseja, realiza-se: o do trabalho, alimentado pela fé.

Estou prestes a completar 56 anos em outro prodígio: a Legião da Boa Vontade. Em 1o de janeiro de 1950, o jornalista e radialista Alziro Zarur (1914-1979) a inaugurou no Dia da Confraternização Universal. Que bela coincidência!Comemoraremos o 62º aniversário da LBV, que faz com que as pessoas de Boa Vontade continuem a tê-la. E, “ela está de pé porque é um milagre divino em marcha, em prol do bem comum, em todos os cantos da Terra”, dizia Zarur. Com a inestimável ajuda do povo, é claro.

Outra data especial: a inauguração, em 25 de dezembro de 1994, do Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica, que fundei em nossa Brasília/DF. Na ocasião, na Praça da Paz, diante do Templo da Boa Vontade, cem mil pessoas (segundo cálculos da Polícia Militar) deram boas-vindas ao ParlaMundi da LBV. E quantos acontecimentos notáveis vêm ocorrendo ali, pois as pessoas precisam de entendimento.
Com mais de 100 mil pessoas superlotando a Praça Alziro Zarur e arredores do Templo da Boa Vontade, o dirigente da Instituição (no destaque) inaugura o Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica, da LBV, em 25 de dezembro de 1994, no Natal de Jesus.


POR QUE TEMER 2012?

Muitos temem o ano de 2012. Ora, ou se tem Fé em Deus e/ou num grande ideal, ou não. Essa ansiedade deixa a pessoa estressada, depressiva, e com isso não cresce.
O que hoje em geral vemos é o resultado de nossas próprias ações. Elas definem o futuro. Recordo esta minha asserção em “Jesus, o Profeta Divino”: Vivemos, há séculos, tentando fazer sucumbir a Mãe Terra, tirando-lhe pouco a pouco a vida. Apenas não nos podemos esquecer de que tal atitude nos atingirá em cheio. Humanamente também somos Natureza.

Então, por que a surpresa com o Discurso do Cristo no Seu Evangelho segundo Mateus, 24:15 a 28, sobre “a Grande Tribulação como nunca houve nem jamais se repetirá na face da Terra”? Nós mesmos estamos ajudando a montá-la!

Eis aí. É a lei de Ação e Reação. O Estadista Celeste não decide arbitrariamente o porvir deste planeta. E as profecias finais não falam em aniquilamento de nosso orbe, mas sim em radical metamorfose.

Lembro-me sempre de que o saudoso fundador da LBV vaticinava: “Não virá o fim do mundo, virá o fim de um mundo”. Fim de um mundo já ocorreu várias vezes. Cada vez que a Humanidade se transforma, há o princípio de uma era nova.
LBV: vanguarda no Ecumenismo sem fronteiras - Em 7 de janeiro de 1950, Alziro Zarur comanda a primeira reunião ecumênica da Legião da Boa Vontade, a Cruzada de Religiões Irmanadas, pela qual pioneiramente preconizava o inter-relacionamento religioso. Ela foi realizada no Salão do Conselho da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio de Janeiro/RJ, da qual Leopoldo Machado foi um dos oradores. Na foto superior, ao lado direito de Zarur, que aparece em pé, Teles da Cruz (Catolicismo), à esquerda Murilo Botelho (Esoterismo) e Ascânio Farias (Positivismo). Esta reunião foi realizada após sucessivos encontros preparatórios ocorridos nos meses de outubro, novembro e dezembro de 1949, na sala da diretoria daquela prestigiada Associação.

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José de Paiva Netto, escritor, jornalista, radialista, compositor e poeta. É diretor-presidente da Legião da Boa Vontade (LBV), membro efetivo da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), da Associação Brasileira de Imprensa Internacional (ABI-Inter). Filiado à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), à International Federation of Journalists (IFJ), ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Escritores do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Radialistas do Rio de Janeiro e à União Brasileira de Compositores (UBC). Integra também a Academia de Letras do Brasil Central.

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