quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Paiva Netto escreve: O júbilo da vida

Quando finalmente nos integramos na Fraternidade, encontramos Deus. Não me refiro ao antropomórfico, criado à imagem e semelhança do ser humano falível. E aí não mais nos confrange a ansiedade de negar ou provar a Sua existência. Simplesmente, Ele é haurido por nosso Espírito, à maneira do ar, o qual ainda nos permite viver e sobreviver dignamente. O júbilo da vida é o que lha ofertamos.
É aquele fato: há pessoas que matam ou se destroem em dias gloriosos de sol. Os pássaros cantando, as flores se abrindo, tanta beleza em volta e a criatura não percebe. E está tudo ali, convidando-a à prática do bem e ao viver feliz.
Adverte Jesus no Seu Evangelho segundo Mateus, 6:23: “Se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas. Portanto, caso a luz que em ti existe sejam trevas, que grandes trevas serão!”. Eis que tudo lhe parecerá tenebroso se mantiver a alma sombria. O Pai Celestial oferece-lhe todas as riquezas da vida Dele; e você persiste em reclamar, sem ao menos propor novos caminhos éticos? Quanto maior a lamentação, menos se é produtivo. Observaram que os que se queixam muito geralmente nada ou pouco realizam? Não falo de reivindicação justa. Esta deve ser feita.
Repito, o júbilo da vida é aquele que lha damos. Logo, se ela for altamente desafiadora, não quererá dizer que não venha a se tornar rica em realizações e felicidade. Tem de ser vivida em magnitude, pois há sempre ocasião de se vivenciar o bem.
E quando sentimos Deus, que é Amor elevado à enésima potência, a vida alcança o ritmo e a extensão da Eternidade. Quer dizer, espaço-tempo, integração no Dia do Senhor, conforme lemos no Apocalipse, 1:10.
“Christus”, obra do escultor dinamarquês Bertel Thorvaldsen (1770-1844). A estátua original (foto) encontra-se na Catedral de Copenhague. Em minha mesa de trabalho, no Rio Grande do Sul, tenho uma pequena réplica desse belo trabalho.“Christus”, obra do escultor dinamarquês Bertel Thorvaldsen (1770-1844). A estátua original (foto) encontra-se na Catedral de Copenhague. Em minha mesa de trabalho, no Rio Grande do Sul, tenho uma pequena réplica desse belo trabalho.

RESPEITAR A PRÓPRIA EXISTÊNCIA
Precisamos saber mensurar a intensidade da vida pelo que a pessoa sabe espiritualmente usufruir. Por isso, o suicídio é um dos piores crimes que o indivíduo pode perpetrar contra si mesmo. Daí a necessidade de respeitá-la. Reflexão de minha autoria, em Como Vencer o Sofrimento: Honremos, pois, o extraordinário dom que Deus nos concedeu, que é a existência humana, e Ele sempre virá em nosso socorro pelos mais inimagináveis e eficientes processos. Substancial é que humildemente entendamos os seus recados e os apliquemos com boa vontade e eficácia que Ele espera de nós. A permanente sintonia com o Poder Divino só nos pode adestrar o Espírito, para que tenha condições de sobreviver à dor, ainda que em plena conflagração dos destemperos humanos.

COMO É BOM SEMEAR O BEM
Na década de 1980, falando pela Super Rede Boa Vontade de Rádio, li a seguinte página do livro “Lendas e Fatos”, do pastor presbiteriano Miguel Rizzo Jr.:
“Thorvaldsen, célebre escultor dinamarquês, residiu na Itália algum tempo. Quando, em 1838, voltou à sua pátria, a convite do próprio rei, levava consigo um grupo de estátuas que haviam de torná-lo imortal.
“Um criado, ao abrir os caixotes em que elas se achavam, espalhou em um pátio a palha com que tinham sido encaixotadas. No verão seguinte começaram a aparecer em Copenhague algumas flores que só existiam nos jardins de Roma. Germinaram elas de sementes que se haviam ocultado no empalhamento com que se fez a embalagem das referidas estátuas.
“O famoso escultor embelezou, assim, sua terra, não só com as finas obras de escultura que genialmente cinzelara, como também com um novo elemento que, acidentalmente, o acompanhara na viagem.
“Quase sempre são duplos os efeitos da verdadeira consagração: alguns deles podem ser previstos por quem se dedique consagradamente a qualquer obra boa; outros reflorescem à margem desses resultados primordiais.
“O que admiramos nas obras dos grandes homens não é só o que elas objetivamente representam, mas também o exemplo e os estímulos que apresentam para o aperfeiçoamento das gerações que se sucedem no cenário da História”.
O texto, em si, guarda importante recado. Agora, transportemo-lo para o cotidiano. Veremos então como é bom semear o Bem! Os resultados sempre florescem.
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*José de Paiva Netto, escritor, jornalista, radialista, compositor e poeta. É diretor-presidente da Legião da Boa Vontade (LBV), membro efetivo da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), da Associação Brasileira de Imprensa Internacional (ABI-Inter). Filiado à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), à International Federation of Journalists (IFJ), ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Escritores do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Radialistas do Rio de Janeiro e à União Brasileira de Compositores (UBC). Integra também a Academia de Letras do Brasil Central.

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