A crescente violência no Brasil e no mundo tem chamado a atenção de
todos. A cada dia aumentam os casos tristes e lamentáveis noticiados
pela mídia.
Se ela hoje nos bate à porta, comecemos ontem, como
muitos já o fazem, a luta pelos direitos da criança e do adolescente,
contra a fome, as desigualdades e em prol da sustentabilidade.
Empreendamos hercúleo combate à pior das carências, que atravanca o
êxito de qualquer tentativa de transformação benéfica na Terra: a falta
de solidariedade, de fraternidade, de misericórdia, de justiça; por
conseguinte, a aridez do Espírito, do coração.
Em 2013, destacada
pesquisa global, divulgada pela ONU, nos traz uma informação alarmante:
“Todos os anos, entre 500 milhões e 1,5 bilhão de crianças sofrem algum
tipo de violência no mundo. Mesmo com as estimativas mais
conservadoras, grande número de crianças sofre seus efeitos físicos,
mentais e emocionais, e outros milhões estão em risco”. Aqui temos
apenas estatísticas oficiais e que desafiam a dignidade humana. Isso
significa que o quadro deva ser ainda mais crítico e demande ação
decidida e conscientização a partir das famílias, nas quais também
ocorre a violência doméstica.
O dr. Cláudio Pita, formado em
Direito pela Universidade Anhanguera, relatou à Boa Vontade TV que na
infância e na adolescência vivenciou essa problemática. Mas soube, com o
devido amparo, superar tudo isso. Hoje é diretor do Lar Nefesh, em São
Paulo/SP, fundado por ele e que presta apoio às crianças e às famílias
que passam por esses dramas. No seu entender, a sociedade tem papel
indispensável na identificação dos casos de violência: “Às vezes, a
coisa não está acontecendo na minha casa, ou na minha família, mas
acontece ao lado. E a criança que está sofrendo tem medo de pedir
socorro, tem receio de que o pai ou a mãe sejam presos e não quer
desintegrar a família. Então, ela mesma acaba não pedindo ajuda. E é
importante que as pessoas que estão ao redor estejam atentas, possam
encaminhar ao conhecimento do poder público, ao Conselho Tutelar, na
própria Vara da Infância e da Juventude, às autoridades policiais, para
que eles tomem providência”.
O ilustre recifense Josué de Castro
(1908-1973), médico, professor, cientista social, político e ativista
brasileiro, que escreveu os respeitáveis “Geografia da fome” e
“Geopolítica da Fome” e dedicou a sua vida ao combate à miséria, certa
vez, afirmou: “Os ingredientes da Paz são o Pão e o Amor”.
Tenho
dito que a estabilidade do mundo começa no coração da criança.
Protegê-la é acreditar no futuro. Por isso, na rede de ensino da LBV, há
tantos anos aplicamos a Pedagogia do Afeto e a Pedagogia do Cidadão
Ecumênico, um esforço de Boa Vontade para aliar a Educação aos valores
espirituais ecumênicos.
A jovem escritora judia-alemã Anne Frank
(1929-1945) registrou em seu diário ideais pacíficos, mesmo sofrendo a
pungência da Segunda Guerra Mundial. Seu corajoso testemunho afasta o
pessimismo que só aumenta as enfermidades sociais dos povos: “Apesar de
todos e de tudo, eu ainda creio na bondade humana”.
Façamos, pois, a nossa parte em prol de tempos melhores.
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