Dia 14 de julho. Completam-se 219 anos da Queda da
Bastilha, episódio que deflagrou a Revolução Francesa (infelizmente
manchada pelo sangue dos guilhotinados), cujas origens remontam aos
enciclopedistas, vanguardeiros do iluminismo. Relativo ao tema,
selecionei apontamentos meus, ao longo do tempo, de palestras, programas
de rádio, TV e de artigos publicados no Brasil e no exterior.
Não tenho pretensão de discutir aspectos históricos ― existem bons livros para isso ―, contudo extrair uma importante analogia sobre quanto ainda é forçoso trilhar a fim de que as populações da Terra deixem ruir de suas mentes e corações a pior de todas as bastilhas: a ignorância acerca da realidade gritante da vida após o fenômeno da morte. Fator decisivo para que a valorização do ser integral (corpo e espírito) dite as regras dos governos das nações no Terceiro Milênio:
Quando garoto, devia ter 9 para 10 anos, assisti com meu pai, Bruno Simões de Paiva (1911-2000), no Rio de Janeiro, a um filme sobre o 14 de Julho.
A população de Paris, em 14 de julho de 1789, desesperada, marchou contra a prisão, símbolo da tirania de que desejava livrar-se.
Abrir caminhos
Existem aqueles que, tentando minimizar o fato histórico, apresentam uma argumentação frugal de que o famoso cárcere não mais tinha relevância naquele período, pois apenas uns poucos presos lá se encontravam.
Ora, o que o povo demoliu não só foi a construção de pedra; no entanto, o mais expressivo emblema, para ele, do absolutismo dinástico!
E a palavra dinastia pode, por extensão, significar muita coisa, uma vez que funciona tanto no feudalismo quanto na burguesia, no capitalismo e no próprio comunismo. Dinastia não implica somente a sucessão por sangue. Existe uma pior: a da ambição desmedida que arrasa o ser vivente, sob qualquer regime.
Uma nova civilização
O Templo da Boa Vontade — há pouco aclamado pelo povo como uma das sete maravilhas de Brasília e que, segundo dados oficiais da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo do Distrito Federal (SDET), é o monumento mais visitado da capital do país — convida as criaturas a essa epopéia de empreender uma viagem ao seu próprio interior. Feito isso, sair até mesmo da Via Láctea será facílimo: desde que descubramos o âmago celeste de nosso ser, pois, na verdade, para o espírito, o espaço não existe.
Assegurou Jesus: “Tudo é possível àquele que crê” (Evangelho, segundo Marcos, 9:23).
Não tenho pretensão de discutir aspectos históricos ― existem bons livros para isso ―, contudo extrair uma importante analogia sobre quanto ainda é forçoso trilhar a fim de que as populações da Terra deixem ruir de suas mentes e corações a pior de todas as bastilhas: a ignorância acerca da realidade gritante da vida após o fenômeno da morte. Fator decisivo para que a valorização do ser integral (corpo e espírito) dite as regras dos governos das nações no Terceiro Milênio:
Quando garoto, devia ter 9 para 10 anos, assisti com meu pai, Bruno Simões de Paiva (1911-2000), no Rio de Janeiro, a um filme sobre o 14 de Julho.
Foto: Danilo Parmegiani
Jovens parisienses lêem folheto com mensagem do dirigente da LBV, Paiva Netto.
Nos
séculos 17 e 18, o absolutismo monárquico atingira intensa projeção.
Como geralmente acontece nas relações cotidianas, se afastadas do
respeito ao ser humano e seu espírito eterno, houve por parte da
monarquia francesa um descaso tremendo com as necessidades básicas do
seu povo, cuja expressão mais grotesca seria a frase que teria sido
proferida pela rainha Maria Antonieta (1755-1793), ao ser informada por
um dos cortesões de que o barulho que a importunava vinha das massas
famintas clamando por pão: “Por que não comem brioche?”
Tal contingência desumana tinha de desmoronar por força do curso inexorável da História.
A população de Paris, em 14 de julho de 1789, desesperada, marchou contra a prisão, símbolo da tirania de que desejava livrar-se.
Abrir caminhos
Foto: Adriana Rocha
Militantes da Boa Vontade realizam panfletagem no Trocadéro, em frente à Torre Eiffel, em Paris, em 2008, na França.
Nesse
filme há uma cena impressionante. Ela representa as pessoas que não
temem abrir caminhos: o povo estava de um lado e aqueles que protegiam a
Bastilha, do outro. Entretanto, os que ameaçavam invadi-la, com temor,
não avançavam. De repente, um homem destacou-se do meio daquela multidão
e atravessou a ponte que cobria o fosso, sendo abatido por uma descarga
de tiros. Esse ato de coragem fez com que os demais o imitassem e,
assim, conseguissem entrar na fortaleza. Parece perspectiva romântica de
um momento trágico, porém retrata de modo irretocável uma verdade: há
sempre alguém que se sacrifica pela mudança substancial do status quo.
Não é preciso levar bala para que as transformações ocorram. Há outros
choques que ferem mais os vanguardeiros, a exemplo da incompreensão, da
inveja, do preconceito, da perseguição e do boicote.
Na sequência do longa-metragem, observamos a tomada da prisão, destruída de cima a baixo.
Existem aqueles que, tentando minimizar o fato histórico, apresentam uma argumentação frugal de que o famoso cárcere não mais tinha relevância naquele período, pois apenas uns poucos presos lá se encontravam.
Ora, o que o povo demoliu não só foi a construção de pedra; no entanto, o mais expressivo emblema, para ele, do absolutismo dinástico!
E a palavra dinastia pode, por extensão, significar muita coisa, uma vez que funciona tanto no feudalismo quanto na burguesia, no capitalismo e no próprio comunismo. Dinastia não implica somente a sucessão por sangue. Existe uma pior: a da ambição desmedida que arrasa o ser vivente, sob qualquer regime.
Uma nova civilização
Foto: Adriana Rocha
Casal com panfleto contendo artigos do escritor José de Paiva Netto
Hoje
se faz necessário pôr abaixo as bastilhas invisíveis, todavia, de
consequências bem palpáveis: espirituais, morais, psicológicas, do
sentimento.
Façamos florescer uma civilização nova a partir da postura mental e
espiritual elevada de cada criatura. Já dizia o filósofo: “A fronteira
mais difícil a ser transposta é a do cérebro humano”. O homem foi à Lua,
mas ainda não conhece a si mesmo.
O Templo da Boa Vontade — há pouco aclamado pelo povo como uma das sete maravilhas de Brasília e que, segundo dados oficiais da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo do Distrito Federal (SDET), é o monumento mais visitado da capital do país — convida as criaturas a essa epopéia de empreender uma viagem ao seu próprio interior. Feito isso, sair até mesmo da Via Láctea será facílimo: desde que descubramos o âmago celeste de nosso ser, pois, na verdade, para o espírito, o espaço não existe.
Assegurou Jesus: “Tudo é possível àquele que crê” (Evangelho, segundo Marcos, 9:23).
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