Publicado no Jornal A Tribuna, edição de sexta-feira, 12/09/2014.
Foto: Raquel Bertolin
José de Paiva Netto*
Fechar
os olhos para a violência contra as crianças e seus cruéis
desdobramentos é uma barbaridade ainda muito presente no mundo. É o que
nos mostra o relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (o
Unicef) “Ocultos à plena luz”, divulgado no dia 4/9 corrente.
Segundo esse órgão internacional: “É a maior compilação de dados
jamais realizada sobre violência contra a criança”. O trabalho, com
números coletados em 190 países, detalha as terríveis e duráveis
consequências de agressões sofridas na fase infantojuvenil. As vítimas,
posteriormente, se tornam adultos mais propensos a ficar sem emprego, a
viver na pobreza e a manifestar comportamento agressivo. E aqui um ponto
que deve ser levado em alta consideração. Os pesquisadores observam que
o estudo diz respeito apenas aos indivíduos que puderam e quiseram
responder aos questionamentos. Ou seja, as estimativas levantadas
refletem pequena parte do problema.
Foto: Divulgação
Dr. Anthony Lake
Isso
ocorre, porque as comunidades, as escolas, os lares não cumprem
devidamente suas obrigações com os pequeninos. O dr. Anthony Lake,
diretor-executivo do Unicef, é contundente: “São situações
desconfortáveis — nenhum governo ou pai ou mãe quer vê-las”. No entanto,
como ele mesmo enfatiza, devemos encarar os fatos se quisermos mudar a
mentalidade que acha normal e permissível essa violência diária, em
todos os lugares. E completa: “Embora a maior prejudicada seja a
criança, também dilacera o tecido da sociedade, minando a estabilidade e
o progresso. Mas essa violência não é inevitável. Pode ser prevenida —
desde que nos recusemos a deixar que ela permaneça nas sombras”.
Alguns dos índices apontados pela pesquisa, em contextos mundiais,
nos dizem que crianças e adolescentes com menos de 20 anos representam
um quinto das vítimas de homicídio, o que resulta em perto de 95 mil
mortes em 2012; cerca de 120 milhões de meninas com menos de 20 anos
(aproximadamente uma em cada dez) foram forçadas a ter relações sexuais
ou a praticar outros atos sexuais; e pouco mais de um em cada três
estudantes entre 13 e 15 anos são vítimas frequentes de bullying na
escola.
Foto: William Luz Setor dos Soldadinhos de Deus, da LBV.
Jesus,
no Evangelho, segundo Mateus, 19:14, apresentou-se como Segurança
Divina para as crianças: “Deixai vir a mim os pequeninos, não os
impeçais, porque deles é o Reino dos Céus”.

QUE PROVIDÊNCIAS TOMAR
O Unicef indicou estratégias para que toda a sociedade, desde as
famílias aos governos, possa trabalhar para reduzir tamanha tragédia.
Elas incluem “prestar apoio aos pais e desenvolver na criança
habilidades de vida; mudar atitudes; fortalecer sistemas e serviços
judiciais, criminais e sociais; e gerar evidências e conscientização
sobre violência e seus custos humanos e socioeconômicos, visando à
mudança de atitudes e normas”.
Dentre as numerosas frentes de trabalho da Legião da Boa Vontade, cuidar bem das crianças é uma de suas mais relevantes e reconhecidas ações. Tenho grande esperança na semeadura que fazemos há mais de 64 anos nos corações humanos e espirituais. A Pedagogia do Afeto e a Pedagogia do Cidadão Ecumênico, que desenvolvemos na rede de ensino da LBV, com o apoio do povo, possuem elevados propósitos de salvaguardar a infância e a juventude em risco social. A evasão escolar nas unidades da LBV tem índice zero, informa a diretora do Conjunto Educacional Boa Vontade, em São Paulo/SP, a doutoranda em Educação Suelí Periotto.
Não se tem qualquer garantia de futuro melhor para as nações sem respeito aos direitos fundamentais das crianças e dos jovens. E não se cresce, material e espiritualmente saudável, sem afeto, sem amor fraterno.
Cumprir com acerto as responsabilidades que nos cabem é atender ao alertamento de Jesus, o Cristo Ecumênico, isto é, Universal. No Seu Evangelho, segundo Mateus, 19:14, Ele diz: “Deixai vir a mim os pequeninos, não os impeçais, porque deles é o Reino dos Céus”.
_____________________
*José de Paiva Netto é escritor, jornalista, radialista, compositor e poeta. É diretor-presidente da Legião da Boa Vontade (LBV) e membro efetivo da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e da Associação Brasileira de Imprensa Internacional (ABI-Inter). Filiado à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), à International Federation of Journalists (IFJ), ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Escritores do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Radialistas do Rio de Janeiro e à União Brasileira de Compositores (UBC). Integra também a Academia de Letras do Brasil Central. É autor de referência internacional na conceituação e defesa da causa da Cidadania e da Espiritualidade Ecumênicas, que, segundo ele, constituem “o berço dos mais generosos valores que nascem da Alma, a morada das emoções e do raciocínio iluminado pela intuição, a ambiência que abrange tudo o que transcende ao campo vulgar da matéria e provém da sensibilidade humana sublimada, a exemplo da Verdade, da Justiça, da Misericórdia, da Ética, da Honestidade, da Generosidade, do Amor Fraterno”.
Dentre as numerosas frentes de trabalho da Legião da Boa Vontade, cuidar bem das crianças é uma de suas mais relevantes e reconhecidas ações. Tenho grande esperança na semeadura que fazemos há mais de 64 anos nos corações humanos e espirituais. A Pedagogia do Afeto e a Pedagogia do Cidadão Ecumênico, que desenvolvemos na rede de ensino da LBV, com o apoio do povo, possuem elevados propósitos de salvaguardar a infância e a juventude em risco social. A evasão escolar nas unidades da LBV tem índice zero, informa a diretora do Conjunto Educacional Boa Vontade, em São Paulo/SP, a doutoranda em Educação Suelí Periotto.
Não se tem qualquer garantia de futuro melhor para as nações sem respeito aos direitos fundamentais das crianças e dos jovens. E não se cresce, material e espiritualmente saudável, sem afeto, sem amor fraterno.
Cumprir com acerto as responsabilidades que nos cabem é atender ao alertamento de Jesus, o Cristo Ecumênico, isto é, Universal. No Seu Evangelho, segundo Mateus, 19:14, Ele diz: “Deixai vir a mim os pequeninos, não os impeçais, porque deles é o Reino dos Céus”.
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*José de Paiva Netto é escritor, jornalista, radialista, compositor e poeta. É diretor-presidente da Legião da Boa Vontade (LBV) e membro efetivo da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e da Associação Brasileira de Imprensa Internacional (ABI-Inter). Filiado à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), à International Federation of Journalists (IFJ), ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Escritores do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Radialistas do Rio de Janeiro e à União Brasileira de Compositores (UBC). Integra também a Academia de Letras do Brasil Central. É autor de referência internacional na conceituação e defesa da causa da Cidadania e da Espiritualidade Ecumênicas, que, segundo ele, constituem “o berço dos mais generosos valores que nascem da Alma, a morada das emoções e do raciocínio iluminado pela intuição, a ambiência que abrange tudo o que transcende ao campo vulgar da matéria e provém da sensibilidade humana sublimada, a exemplo da Verdade, da Justiça, da Misericórdia, da Ética, da Honestidade, da Generosidade, do Amor Fraterno”.
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