Jesus, no Seu Evangelho, consoante Mateus, 24:15 e 16, alertou:
“Quando, pois, virdes a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, no lugar santo (quem lê entenda! — qui legit, intelligat), então, os que estiverem na Judeia fujam para os montes”.
Que lugar mais santo no mundo pode existir além da intimidade das criaturas de Deus, o coração, o cérebro, a Alma das pessoas?
Atentemos para a covardia e crueldade contra nossas crianças que,
quando não são arrancadas do útero materno, sofrem todo tipo de agressão
física e/ou psicológica por parte daqueles que deveriam protegê-las.
Tudo isso nos leva a pensar que já vivemos a época anunciada pelo Divino
Mestre. Nunca como agora a abominação desoladora atacou tanto o ser
humano. É palmar “fugir para os montes”, do pensamento e da compaixão,
ou seja, para que do mais alto vigiemos melhor o “lugar santo”.
Num planeta que se arma até os dentes, mesmo parecendo que não, tendo
a deusa morte como grande inspiradora, os locais seguros vão se
reduzindo em velocidade descomunal. Mas existe um oásis que se deve
fortalecer, porque é o abrigo das futuras gerações: o coração dos pais,
em especial, o das mães. É nesse acolhedor ambiente que os pequeninos
moldarão os seus caracteres. Daí terão ou não respeito ao semelhante,
saberão ou não discernir o certo do errado, portanto, construirão ou não
um mundo mais feliz.
O emblemático episódio, há alguns anos, envolvendo pessoa
aparentemente “acima de qualquer suspeita”, guardiã da lei, que, segundo
a perícia médica, impôs maus-tratos à filha adotiva, de apenas 2 anos, e
tantos outros noticiados pela mídia são de estarrecer. Jogam por terra a
ideia de que a violência doméstica está somente ligada à desarmonia
familiar, às dificuldades financeiras, a problemas com drogas, a exemplo
do álcool. Fica patente o grave desequilíbrio emocional presente nas
esferas das relações humanas. Urge, pois, por significativa parcela da
Humanidade, acurado exame de consciência.
Por que permitimos que a situação chegue a esse ponto? Valores como
família, dignidade, fé e Espiritualidade precisam sobrepor-se à cultura
do consumismo desenfreado, à frieza de sentimentos, à falta de caridade e
à ganância desmedida.
Reflexões da Alma
Não somos palmatória do mundo, mas gostaríamos de colaborar na busca de respostas a essas inquietantes indagações. No meu livro Reflexões da Alma, pondero:
O mundo fatiga-se com demasia de palavras e pobreza de ações
eficazes, atos que de forma efetiva sirvam de modelo para a
concretização de um espírito de concórdia, que na verdade transforme o
indivíduo de dentro para fora, coisa que não se consegue por decreto.
Evidentemente que esse trabalho espiritual e humano de iluminação das
criaturas deve ser acompanhado por acertadas medidas políticas,
econômicas e sociais; Instrução; Educação; e a indispensável
Espiritualidade Ecumênica. Isto é, uma perfeita sintonia com as
Dimensões Superiores da Humanidade Celeste, até agora invisíveis aos
nossos olhos materiais. O estágio de fragilidade moral do mundo é tão
avançado, apesar dos progressos atingidos, que, para acabar com a
violência, só existe uma medicina forte: a da escalada da Fraternidade
Solidária, aliada à Justiça, na Educação. Por isso, ecumenicamente
espiritualizar o ensino é um poderoso antídoto contra a agressividade.
Por falar na “Senhora de Olhos Vendados”, aqui um ilustrativo pensamento
do ensaísta francês Luc de Clapiers, Marquês de Vauvenargues (1715-1747): “Não pode ser justo quem não é humano”. Por conseguinte, também não é possível ser feliz.
Jesus e as mães
A professora Adriane Schirmer, de São Paulo/SP, enviou-me e-mail no qual destaca meu artigo “Jesus e as Mães”: “Oque
dizer de tão comovida prece? Numa sociedade em que o Dia das Mães é
direcionado às vendas, o senhor não se esquece nem daquelas que já estão
no mundo espiritual, zelando, com certeza, pelos que aqui ficaram”.
Grato, professora Adriane. A maternidade é um sol que não se apaga.
José de Paiva Netto, escritor, jornalista,
radialista, compositor e poeta. É diretor-presidente da Legião da Boa
Vontade (LBV). Membro efetivo da Associação Brasileira de Imprensa (ABI)
e da Associação Brasileira de Imprensa Internacional (ABI-Inter), é
filiado à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), à International
Federation of Journalists (IFJ), ao Sindicato dos Jornalistas
Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Escritores
do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Radialistas do Rio de Janeiro e à
União Brasileira de Compositores (UBC). Integra também a Academia de
Letras do Brasil Central. É autor de referência internacional na defesa
dos direitos humanos e na conceituação da causa da Cidadania e da
Espiritualidade Ecumênicas, que, segundo ele, constituem "o berço
dos mais generosos valores que nascem da Alma, a morada das emoções e do
raciocínio iluminado pela intuição, a ambiência que abrange tudo o que
transcende ao campo comum da matéria e provém da sensibilidade humana
sublimada, a exemplo da Verdade, da Justiça, da Misericórdia, da Ética,
da Honestidade, da Generosidade, do Amor Fraterno".
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