“Vós sois a luz do mundo” (Evangelho, consoante Mateus,
5:14), disse o Cristo àqueles que se integraram no que Ele veio trazer, “da
parte do Pai”, à Terra.
“Mas Jesus não foi crucificado?”, alguém pode argumentar.
Não obstante, respondemos nós, o Senhor Excelso deixou o Seu recado, a Sua
mensagem, e, acima de tudo, venceu a morte. Assim, cumpriu a própria
determinação expressa em “A Missão dos Setenta Discípulos de Jesus”, constante
de Sua Boa Nova, segundo Lucas, 10:10 e 11: “Quando, porém, entrardes numa
cidade e não vos receberem, saí pelas ruas e clamai: Até o pó da vossa cidade,
que se nos pegou aos pés, sacudimos contra vós outros. Não obstante, sabei que
está próximo o Reino de Deus”.
Entenderam? Mesmo não tendo sido aceita a Sua palavra pela
“cidade”, de forma alguma o Divino Educador ficou sem proclamar o que viera
fazer por Vontade do Pai Celestial. Ele persistiu até o fim (e além do fim): “Aquele
que perseverar até o fim será salvo” (Evangelho de Jesus, consoante Mateus,
24:13).
O Bom Pastor, pois, demonstrou o exemplo a ser seguido pelos
Seus discípulos, custe o que custar. Não cessou de difundir que o Reino de Deus
está dentro de nós: “Interrogado sobre quando viria o Reino de Deus, Jesus
revelou: Não vem o Reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui!
Ou: Lá está! Porque o Reino de Deus está dentro de vós” (Evangelho de Jesus,
segundo Lucas, 17:20 e 21).
E quando usamos a expressão além do fim, é porque bradamos
incessantemente: Os mortos não morrem! Escreveu Paulo Apóstolo, na Primeira
Epístola aos Coríntios, 15:26: “O último inimigo a ser vencido é a morte”.
E Jesus a venceu, para que nós, em seguida, pudéssemos fazer
o mesmo. Alziro Zarur dizia: “Não há morte em nenhum ponto do Universo”.
Mil e duzentos anos depois do Apóstolo dos Gentios, São
Francisco de Assis desvendou o mistério em sua prece notável: “Porque é
morrendo que nascemos para a Vida Eterna”.
As andorinhas sempre voltam
Entretanto, que ninguém se suicide, pensando que, com esse
ato funesto, se livrará da dor que o aflige, ou a aflige, pois acordará no
Outro Mundo mais vivo, ou mais viva, do que nunca e com todos os seus problemas
amplificados. Fugir do sofrimento é cair repetidas vezes nas mãos dele;
portanto, sob o cruel flagelo do “lobo invisível”, o espírito obsessor, que tem
de ser vencido, mas não maltratado, e, assim, redimido pelas ovelhas do Cristo.
É bom que nos recordemos constantemente do dito popular imortalizado pelo
querido poeta, intérprete e compositor paulista, de Valinhos, Adoniran Barbosa
(1910-1982), em sua Saudosa Maloca, gravada por ele, em 1951, e, em outro
vinil, pela cantora paulistana Marlene (1922-2014): “Deus dá o frio conforme o
cobertor”.
E dá mesmo. É só a gente ser perspicaz e saber, com
inteligência, usar o cobertor no “inverno”, até que o “verão” volte. Costumo
lembrar-lhes um acertado aforismo de Éliphas Lévi (1810-1875), que conforta os
lutadores pelo Bem, os quais firmemente prosseguem, a despeito das piores
condições a serem superadas, porque o Sol há de brilhar: “Felizes daqueles que
não desanimam nunca e que, nos invernos da vida, esperam as andorinhas em sua
volta”.
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Paiva Netto em www.paivanetto.com
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Serviço – A Missão dos Setenta e o “lobo invisível” (Paiva
Netto), 384 páginas. À venda nas principais livrarias ou pelo site www.clubeculturadepaz.com.br
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