terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Paiva Netto escreve: O dever da Religião Fonte: Reflexão de Boa Vontade extraída do livro “Os mortos não morrem”, de outubro de 2018. | Atualizada em dezembro de 2019.

Declarei ao ilustre jornalista italiano radicado no Brasil Paulo Rappoccio Parisi (1921-2016), na entrevista concedida a ele em 10 de outubro de 1981, que é dever da Religião proclamar a existência do Espírito imortal e efetivar os resultados práticos desse indispensável conhecimento na reforma do planeta.

Eis o pragmatismo que, por força da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, o Brasil oferece à humanidade, pois tais noções amadurecerão a consciência dos povos para a realidade espiritual de que ninguém consegue permanentemente escapar. Não se pode eternamente impedir a manifestação daquilo que nasce com o ser humano, mesmo quando ateu: o sentido de Religiosidade que se expressa das mais variadas formas. Para além do debatido determinismo histórico*1, trata-se, acima de tudo, do Determinismo Divino*2, de que nos falava Alziro Zarur. Antes que fatalmente a Ciência conclua, em laboratório, sobre a perenidade da vida, cumpre à Religião não só abordar com maior objetividade a existência do Espírito após a morte, mas concomitantemente pesquisar o Mundo ainda Invisível.

Parceria Céu e Terra
Ora, a morte não deve ser motivo de assombro nem ser tratada com desdém ou negligência. Diante da eternidade da vida, é essencial extrair seus preciosos aprendizados, que ajudaram a moldar os destinos da humanidade, contribuindo para sua continuação até aqui. Esse intercâmbio entre Terra e Céu, Céu e Terra, quando estabelecido com as forças do Bem, nos dá confiança na vida. Contar com a cooperação bendita daqueles que nos antecederam na jornada espiritual, sabendo que estão mais vivos do que nunca, incentivando-nos a boas ações, no cumprimento de nossas tarefas prometidas antes de aqui renascer, é parceria infalível.

Há décadas, preconizo que o ser humano não é somente sexo, estômago e intelecto, isto é, um saco de sangue, ossos, músculos e nervos, apenas jungido às limitadoras perspectivas do plano material. Reduzi-lo a isso é promover a cultura do fedor. A morte não é o fim; a vida é perpétua. E o Espírito é suprema realidade.

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*¹ Determinismo histórico — De acordo com o Oxford Dictionary of Media and Communication: “1– A crença de que os processos históricos têm certa inevitabilidade, com base em algum fator fundamental. Sua aplicação varia de um fatalismo pessimista que nega a liberdade humana de escolha (o que o ‘determinismo suave’ permite) até a noção iluminista otimista menos rígida do progresso como algo inevitável (...). 2– (relativismo histórico). A visão de que nossas ideias são determinadas pela nossa situação histórica” (tradução livre).

*2 Nota de Paiva Netto

Determinismo Divino — No Livro de Deus (1982), registrei a resposta de Zarur à seguinte pergunta que lhe foi feita: “P – Se tem de acontecer tudo o que está profetizado na Bíblia (Antigo e Novo Testamentos), o senhor não acha que isso prova a ausência do livre-arbítrio?

Zarur – Bem a propósito trago-lhes este trecho da Proclamação da Boa Vontade, que abria, nos primórdios da LBV, a Campanha da Boa Vontade no rádio: Os fatalistas, com o seu derrotismo permanente, estão completamente enganados. Existe, na verdade, o destino ou determinismo, como consequência do passado de cada criatura: mas há, sempre, o livre-arbítrio, que Deus garante a cada um de Seus filhos. Portanto, qualquer infeliz pode mudar o seu destino com Boa Vontade, que é o princípio da verdadeira Paz. Cada um é senhor do seu destino”.


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