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*José de Paiva Netto |
No segundo domingo do mês de agosto,
comemoramos no Brasil o Dia dos Pais, cuja prioridade deve ser a de
preparar devidamente seus filhos para o porvir, pavimentando para eles
uma era melhor. Por isso, convido-os a refletirmos
juntos sobre alguns relevantes pontos.
A crescente violência urbana, a
irresponsabilidade no trânsito, que segue multiplicando vítimas, as
relações fragilizadas entre determinados países, a fome em muitas partes
do planeta, enfim, esses e outros fatores indicam que
se deve repensar atitudes e providências na construção cotidiana da paz
global.
Na nova edição do meu livro Cidadania do Espírito,
ainda nos originais, comento que, em certos casos, o fim da guerra fria
em pouco ou nada arrefeceu rancores e ódios humanos, sociais,
políticos, econômicos, religiosos.
O 32o presidente dos Estados Unidos, Franklin Delano Roosevelt (1882-1945), em 5 de setembro de 1939, após a lamentável irrupção da Segunda Guerra Mundial — que ocorreu em 1o de setembro, com a invasão da Polônia
pelas tropas alemãs de Adolf Hitler (1889-1945) —, dirigiu-se ao povo norte-americano em discurso transmitido pelo rádio, destacando:
“Quando a paz é quebrada em qualquer lugar, a paz de todos os países de todos os lugares é ameaçada”.
Conforme escrevi em Reflexões e Pensamentos — Dialética da Boa Vontade (1987) e também na
Folha de S.Paulo, em
11 de dezembro de 1988, o combate à violência no mundo começa na luta
contra a indiferença à sorte do vizinho. Não sou pessimista, acredito no
futuro. Mas ainda há insegurança e crueldade
por toda a parte.
Maiores predadores
Fala-se em Paz. Contudo, mensagem de
expressivo sentido encontra-se na Primeira Epístola do Apóstolo Paulo
aos Tessalonicenses, 5:3:
“Quando andarem dizendo: ‘Paz, segurança!’, eis que lhes sobrevirá
repentina destruição, como vem a dor do parto àquela que está para dar à
luz; e de nenhum modo escaparão”.
Não estejamos nós contribuindo para a
concretização desse quadro, incluído o fato de que pela nossa ação
diária somos os maiores predadores do nosso lar coletivo, a Terra, e
nisso se concentra o pior perigo. Temos de interromper
o emporcalhamento (Isaías, 24:1, 5 e 6) do que nos cerca e, por
consequência, parar de destruir vidas. Uma sugestão aos que não têm medo
de pensar: leiam, por favor, os fraternos alertamentos do Evangelho e
do Apocalipse do Cristo Ecumênico, o Divino
Estadista, sobre a transição dos tempos, até mesmo “a Grande Tribulação, como nunca houve, desde a fundação do mundo, nem jamais se repetirá”, de acordo com a Sua advertência no Evangelho, segundo
Mateus, 24:3 a 28; Marcos, 13:3 a 23; e Lucas, 21:7 a 24.
Amor e repreensão
As anomalias climáticas são justamente
grave anúncio sobre a realidade das admoestações do Professor Celeste no
Novo Testamento da Bíblia Santa. (...) Ora, quem adverte ama. Razão por
que Jesus, na Carta à Igreja em Laodiceia,
declara: “Aqueles a quem amo, repreendo e castigo” (Apocalipse, 3:19).
Diante disso, o Livro das Profecias Finais
pode ser entendido como carinhosa e preocupada admoestação, por
conseguinte, um recado do Amor de Deus às Suas criaturas. Perseveremos
nos sublimes ensinamentos do Pai Celestial, os quais
nos fortalecem para enfrentar com bravura tempos de grande provação,
fundamentando nossas esperanças no Divino Criador, que nunca nos
abandona. Lembremos sempre a assertiva do saudoso fundador da Legião da
Boa Vontade,
Alziro Zarur (1914-1979): “Não há segurança fora de Deus”.
Coração generoso
O teólogo e professor Leonardo Boff ao lançar, em São Paulo, o seu livro
Francisco de Assis e Francisco de Roma: uma nova primavera na Igreja?, ressaltou que
“ser Francisco de Assis corresponde à Tradição de Jesus Cristo e à
exigência evangélica. É a opção pela simplicidade e confraternização
entre todos os povos, a natureza e o planeta Terra”.
O distinto professor Boff mandou-me, com a generosidade de sempre, um exemplar com esta dedicatória:
“Para Paiva Netto, que sua mensagem de paz seja reforçada pelo Papa Francisco”.
Comovido e grato._________________________________________
*José de Paiva Netto, escritor, jornalista, radialista, compositor e poeta. É diretor-presidente da Legião da Boa Vontade (LBV). Membro efetivo da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e da Associação Brasileira de Imprensa Internacional (ABI-Inter), é filiado à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), à International Federation of Journalists (IFJ), ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Escritores do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Radialistas do Rio de Janeiro e à União Brasileira de Compositores (UBC). Integra também a Academia de Letras do Brasil Central. É autor de referência internacional na defesa dos direitos humanos e na conceituação da causa da Cidadania e da Espiritualidade Ecumênicas, que, segundo ele, constituem "o berço dos mais generosos valores que nascem da Alma, a morada das emoções e do raciocínio iluminado pela intuição, a ambiência que abrange tudo o que transcende ao campo comum da matéria e provém da sensibilidade humana sublimada, a exemplo da Verdade, da Justiça, da Misericórdia, da Ética, da Honestidade, da Generosidade, do Amor Fraterno".
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